23 abril 2009

Tabagismo também é bilheteria!

E bilheteria também pode ser cultura! Por isso, nada melhor que uma indústria; a do entretenimento; apropriar-se de outra indústria; a da morte, para fazer da bilheteria aquilo que não é cultura.
Certamente haverá muito mais filmes sobre o tema do que os que vou citar, logo, haverá ainda muitas perspectivas de câmera para o tão tripudiado vício de fumar. O mais disperso, para não dizer popular, que discorreu sobre a temática foi "Obrigado por Fumar" (Jason Reitman - 2005), que incitou uma polêmica sobre a nocividade, nos seus mais diversos graus, entre três grandes indústrias, a saber: a bélica, a automobilística e a tabagista. No final das contas, o filme se resumia a discutir a fatídica questão: "Qual delas mata mais?".
O mais engraçado e despojado foi, de fato, "Coffe & Cigarretes" (Jim Jarmusch - 2003), que no lugar de discutir o indiscutivel, ou de julgar o inimputável, simplesmente representou de maneira isenta e, ao mesmo tempo, satírica a necessidade dessa substância em ocasiões sociais e de interação interpessoal, geralmente ambientadas em uma mesa de bar como um ponto de encontro.
Estreou no fim do ano passado aqui no Brasil, um documentário que, justamente por ser documentário, não é lá um sucesso de bilheteria, mas que ainda encontra-se em cartaz nas mais recônditas e empoeiradas saladas de cinema. Trata-se de "Fumando Espero"(Adriana Dutra-2008) que revela o depoimento de pessoas que fazem parte da indústria do entretenimento, outras da indústria do tabagismo, outras da indústia das leis e multas, outras da indústria do consumismo, outras da indústria ...

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