26 janeiro 2009

Breves Notações Sobre Filmes

Encaixotando Helena (Jennifer Chambers Lynch - 1993): Brega é a palavra que primeiro me vem à cabeça quando penso nesse filme. Demonstra que, além da influência nítida e óbvia da cinematografia do pai, Jennifer Lynch ainda precisava aprender muito para fazer um cinema à altura. Utiliza-se de artifícios comuns e pouco originais, além de incorrer na fórmula trivial "no-fim-era-tudo-um-sonho" da maneira mais estapafúrdia. Enfim, um fim digno de muitas vaias, e principio e meio dignos de alguma atenção!

Lost Highway (David Lynch - 1997): Não é incomum ficar-se perplexa diante de uma obra de Lynch. Menos incomum ainda é ficar tentando desvendar os símbolos que acabaram de passar através de seu sistema cognitivo e, ainda assim, continuar sempre e cada vez mais confusa. Ora pois, não é por menos! Os admiradores de Lynch bem sabem que suas obras são sobre o incompreensível, logo, burrice nossa buscar entender. Trata-se de um filme que fala sobre distúrbios de personalidade. Os instrumentos utilizados são ríspidos, densos, com certa violência e frieza.

Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto - 1976): Uma vitrine viva e divertida sobre a cultura brasileira! Daquelas obras que não se embotam com o tempo e que intensificam e envaidecem um certo sentimento de brasilidade.

Amores Brutos (Alejandro González Iñárritu - 2000): Iñárritu é um daqueles diretores que causam uma certa discórdia entre o público cinéfilo. Alguns o chamarão de charlatão, outros o acharão original. Amores Brutos tem a mesma personalidade de 21 Gramas, o que indica que a obras de Iñárritu têm mesmo essa personalidade. A despeito de ser daqueles filmes que partem do princípio "tudo-em-torno-do-acidente", como em Crash de Cronenberg, Contra a Parede de Fatih Akin, ou até mesmo Magnólia de PT Anderson, este filme pode ser considerado único devido à visão que impõe ao amor, às relações e às ações humanas.

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