Em uma telinha de 17 polegadas, são exibidas dezenas de chamadas, publicidades, previsão do tempo, enquetes, blogs de diversas editorias, podcasts, tudo sumariamente atualizado minuto a minuto, textos curtos e interatividade. É possível ir da leitura de uma notícia sobre os recentes acontecimentos na Faixa de Gaza às últimas fofocas das celebridades tal como num piscar de olhos!
"Vamos massacrar sua consciência de informações até que você esteja completamente alienado do ser humano", nos dizem.
A informação, confesso, é um dos meus grandes, dentre tantos outros, vícios. E após anos acompanhando os "tablóides" virtuais quase que diaria e incansavelmente, creio já estar sentindo as seqüelas degenerativas deste mal. A informação corre solta por aqui, desmembrada, completamente desapossada de sentido, circunstância e, principalmente, sentimento. Sentimento sim! Repito: Sentimento! Pois é dele que passamos a cogitar a informação e, consequentemente, apreendê-la. Sem tê-lo, trata-se apenas de um universo de palavras que ficam lá para depois da estratosfera.
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